IMEDIATISMO E CAPACIDADE DE ESPERA NOS CICLOS: Um experimento sobre tomar a vida nas próprias mãos.

IMEDIATISMO E CAPACIDADE DE ESPERA NOS CICLOS:

Um experimento sobre tomar a vida nas próprias mãos

Eva Kosmas Flores
Foto de Eva Kosmas Flores

Ritmo. Leveza. Alimento. Movimento. Amor. Praia

Palavras que escolhi colocar foco e dedicação para esse ano. Elas me ajudam a lembrar de minhas metas, desejos para o ano.

Ciente dos meus desejos comecei a imaginar o que e como  faria para estar cada vez mais conectada com meus objetivos.

Eu nem poderia imaginar o que vinha pela frente descobrindo, de um modo inusitado, uma forma para  chegar mais perto desses propósitos.

Esse texto é dividido em 6 partes:

  • Sobre perder a noção de processo e dos ciclos.
  • Ciclos de experiências em Israel e Brasil.
  • Reconhecer padrões não é sinônimo de mudança imediata: a formação do hábito.
  • Lidar com dinheiro e com alimento: o aqui e agora como senhor da situação.
  • A Decisão Radical.
  • O pulo do gato da descoberta

Seja muito Bem Vinda (o)!

SOBRE PERDER A NOÇÃO DE PROCESSO E DOS CICLOS.

Como nosso tempo traz um ritmo acelerado às nossas vidas, não é mesmo?!

Vivemos no tempo da aceleração. De negócios, de produtividade, de pessoas, de ritmos. O que importar é acelerar, encurtar caminho.

Há, no entanto uma diferença quando escolhemos essas palavras…. acelerar e desenvolver…..pessoas, negócios, processos.

Um elemento chave que  interfere nessa diferença é a visão subjacente sobre o modo como nos desenvolvemos, como tecemos  processo de transformação e isso inclui nossa relação com o tempo. E então, acelerar e desenvolver se tornam processos bem distintos.

E é sobre essa relação com o tempo sobre a qual vamos nos dedicar a seguir:

  • Você já esteve em um shopping por muitas horas, perdeu a noção e não sabia se era dia ou noite?
  • Já comeu manga sem sabor fora da época?
  • Já imaginou comprar um curso desejando ter resultados imediatos?
  • Já se arrependeu por ter feito uma compra por impulso?
  • Você consegue poupar?
  • Já se irritou por um amigo só responder whatsapp no dia seguinte?

O que une todos esses eventos acima é uma certa cobrança pela satisfação imediata que traz um grande desafio em lidarmos com o tempo, com a espera  e com a falta.

Estando diante um alimento irresistível a situação piora. Quando o prazer está em jogo mais é melhor que menos e antes é melhor que depois.

É preciso ultrapassar esse nível animalesco do instinto,  ‘uma espora pontuda e teimosa que incita o comportamento a dar-lhe pronta e rápida satisfação’ como diz Eduado Gianneti em seu livro o Valor do amanhã.

Se não for imediato, já está demorando.

Nossa percepção da ciclicidade está, constantemente, sendo atropelada pela pressa, pelo desejo imediato e isso se manifesta quando consumimos alimentos prontos, quando exigimos respostas imediatas, resultados imediatos, quando muitas vezes, terceirizamos determinados serviços.

Perdemos nossa visão de processo, de espera, de digestão das coisas, do tempo.

Tempo do falar,  digerir, escutar as ressonâncias, voltar a falar. Desaprendemos a função da pausa na estrutura rítmica da vida.  Por isso, de vez em quando faz bem a lembrança de que as coisas e processos levam  tempo para ganhar consistência.

Estamos vendo um cenário de frustração, com níveis elevados de stress e depressão nas pessoas, em suas relações e suas carreiras. Escuto, diariamente, clientes, autônomos e empresários que  trazem questões pertinentes sobre a grande questão: como criar um trabalho diferente e autoral? Como me destacar no mercado?

Autoralidade tem a ver com consistência, com singularidade.

Enquanto você não se haver com suas heranças, com o que você é, entender os elementos que compõem sua identidade, seu modo de fazer, dificilmente seu trabalho terá sua cara, marca, assinatura. Ou seja isso demanda tempo de entendimento e conceituação, de estruturação.

Chá
Esse tema merece um chá. Respire fundo!

Em outro texto focaremos nessa temática da relação entre singularidade, autoralidade no trabalho, mas nesse momento, estou apenas elucidando a ideia de que nos falta, muitas vezes, uma referência para que nos lembremos de que a construção de uma trajetória não é percorrida  em linha reta, muito pelo contrário.

Tenho me dedicado a conduzir processos ajudando autônomos, empresários   a tecerem, com equilíbrio,  sustentabilidade e  rentabilidade em seus serviços do bem através de processos  de reconhecimento da singularidade e estratégias de posicionamento e diferenciação. Uma das primeiras tarefas, muito necessárias ao processo é realização de um  alinhamento das expectativa de Tempo X resultado. É preciso delimitar um campo, os limites, entendendo  que há um processo de maturação e que há sim, técnicas que trazem resultado imediato, mas isso não se aplica a tudo. E isso não é óbvio para a maioria das pessoas.

Portanto, tal como precisamos exercitar nossa musculatura,  precisamos, cada vez mais precisamo exercitar a “musculatura dos nossos ritmos”  entendendo  e acolhendo nossos ciclos e o modo como nos relacionamos com o tempo.

 

EXPERIMENTANDO CICLOS

Em 1998 tive o meu primeiro trabalho. Eu participava de um intercâmbio em Israel  em um kibutz e tive a sorte de  ser designada para trabalhar na área de jardinagem. Foi uma experiência muito mas muito especial pois pude entrar em contato com a terra, com a grandeza do deserto, experimentar todo o ciclo do preparar a terra ao desabrochar das flores plantadas nas áreas verdes do Kibutz Hatzerim, situado em pleno deserto, no sul de Israel. Confesso, que naquela época, no auge dos meus 17 anos de idade,  tinha uma preferência por dois tipos de trabalho: plantar as mudas de flores prontas ou capinar, pois o resultado era visível e bonito. Tinha começo, meio e fim.

Eis abaixo algumas fotos desse ciclo.

Entrada do Kibutz Hatzerim
Entrada do Kibutz Hatzerim

 

Flores plantadas no Kibutz
Flores plantadas no Kibutz.

 

Violoncelo e Deserto do Neguev
Uma dos momentos mais especiais em minha vida.  Diariamente, ia pra esse local  pra estudar e praticar violoncelo. Ganhei essa foto de um morador do kibutz que me avistou e fez o registro.

Meu primeiro choque nos primeiros meses no kibutz foi tentar entender como um lugar situado no deserto podia ser tão florido e abundante. A visão sobre a seca do  nordeste brasileiro nunca foi a mesma depois de conhecer a possibilidade de fazer o deserto florescer, em Israel.   A história da construção desse país é tão interessante e  diversa que as vezes fica difícil acompanhar e impressiona saber, que boa parte do terras em Israel eram pântanos e mais pântanos, que por longos ciclos de cuidado se transformaram, em áreas de cultivo e produção, tornando o país como uma grande referência mundial em tecnologia e na difusão de saberes no campo da agricultura.

Os Chalutzim os pioneiros- imigrantes e o trabalho com a terra.
Os Chalutzim os pioneiros- imigrantes e o trabalho com a terra.
Flores no Sul de Israel
Flores no Sul de Israel. Foto de Menahem Kahana.

 

Algo me diz que essa transformação não se deve somente a uma tecnologia desenvolvida, mas um olhar a longo prazo. Uma forma de imaginar a transformação e integrar nesse processo, o saber fazer, saber esperar, saber cuidar.

E o tempo passou.

10 anos depois, de volta ao Brasil, após vivenciar um período intenso com o Mestrado,  comecei a me reconectar com a terra. Meus amigos me iniciaram no campo da permacultura e fui fisgada, pelo paradigma que nos convida a olhar para nosso terreno, o que está ao entorno, os fluxos de energia, os padrões da natureza, a vida mais natural e saudável.

Me interessava as reflexões sobre o modo como  podemos nos colocar em sintonia com energia dos ventos, da água, da terra, sol, lua e dos astros e como isso pode nos orientar na construção de nossas casas, na plantação dos alimentos e em tantas outras áreas da vida.

A permacultura exercita o olhar sistêmico, do todo, da integração: casa, compostagem, plantação, animais ou seja, de tudo o que compõe a paisagem e o entorno. A escolha desses elementos e sua posição desempenham sempre uma função e a integração dos mesmos compõe o sistema, configura o design permacultural. A interligação dos fluxos, dos elementos gera efeitos incríveis.

Vivo numa casa rodeada por uma mata abundante. Um bosque com muito verde, riacho e umidade. Diariamente, agradeço o construtor dessa casa, pois sentimos as correntes de ar em todos os lugares.  E onde não corre  vento, bate sol, o que reduz muito a possibilidade de mofo. Foi feito um estudo de observação da incidência do sol, ventos, fluxo desses elementos e  após esse tempo de observação e estudo a casa foi construída.

Abaixo, você visualiza a mata da casa no Bosque e um registro de uma das atividades realizadas pela Educação Harmônica.

Mata nos arredores da Casa no Bosque, Registro do Programa Travessia. Educação Harmônica 2017.
Mata nos arredores da Casa no Bosque, Registro do Programa Travessia. Educação Harmônica 2017.

 

Por acaso,  você conhece alguém que sofre com o  calor intenso em casa decorrente  do mau posicionamento de elementos  estruturais e  arquitetônicos que desconsiderou o trajeto do sol ou correntes de ar?  (Veja o livro Manual do arquiteto descalço)

Pois então, a permacultura nos ajuda no desenvolvimento do pensamento integrado, do olhar holístico, enxergar o fio que costura os elementos, os padrões, os ritmos. E esse modo de construção exige observação dos ciclos da natureza, das estações do ano e tempo para estruturação do  projeto de construção.

A permacultura, sobretudo nos convida a fazer um check-list sobre o modo como escolhemos viver.

Se quiser conhecer mais sobre permacultura clique aqui

Flor da permacultura
Flor da permacultura

RECONHECER PADRÕES NÃO É SINÔNIMO DE MUDANÇA  IMEDIATA: A FORÇA DO HÁBITO

No intento de reestruturar formas mais saudáveis de vida, comecei, há cerca de 4 anos a me  aproximar de leituras sobre alimentação e nesse período pude descobrir muitas coisas curiosas: alimentos, verduras que gosto e me nutrem, frutas que não caem muito bem, alimentos bem saudáveis mas que não são adequados ao meu perfil.  Comidas que gosto muito mas meu fígado não…..

Enfim, são muitas ressonâncias. Nesse ciclo de aprendizagem e testes busquei conhecimento, principalmente, nos trabalhos desenvolvidos pela Sônia Hirsch, Laura Pires e Rita Lobo e Nereida Fontes Vilela.

Ter conhecimento, reconhecer sobre o que nos faz bem e o que nos faz mal, entender um pouco mais sobre as propriedades dos alimentos, temperos, é sim uma conquista, um avanço, porém, é interessante notar que o conhecimento  sobre  o que me faz mal  não necessariamente, cria ações de mudança fazendo com que eu me alimente de forma mais saudável. Mas por que será que isso acontece?

Talvez, não basta ter só conhecimento (sobre alimentação) para mudar certos hábitos. Para além disso há processos nos quais nos submetemos para entender a origem do problema. E aí como diria minha avó, entramos numa zona mais complicada, que ela chamava de ‘angu de caroço’. Um pouco mais complexo pois, na superfície o sintoma pode ser tratado  com  alimentação adequada, mas a essência do problema tem uma origem mais profunda, emocional.

E muitas vezes, escolhemos o entendimento da superfície.

Veja como isso acontece:

Quando sentimos uma dor de cabeça,   comprarmos um remedinho e de repente, a mágica acontece: tomou  d…   a dor sumiu.

Simples e rápido.

Mas no outro dia, aquela dor retorna e assim começamos um ciclo vicioso do consumo de medicação. Não nos perguntamos sobre a causa da dor. Foi um alimento, um tempero, medo, algum acontecimento que desencadeou ou provocou dor ? . Não, não dedicamos tempo a esse processo de entendimento.

Entendimento requer dedicação de tempo

Sobre essa questão da busca pelas origens da dor, dos sintomas podemos nos apoiar nos estudos da Leitura corporal que nos mostra a relação entre as emoções inscritas no corpo e a produção de sintomas e doenças.   (Se você tem interesse sobre isso busque os trabalhos da Nereida Fontes Vilela).

Nesse caminho, da busca pela essência, de querer entender as possíveis origens das  questões em meu corpo me submeti a um ciclo de mudança grande em  minha alimentação. Mais saudável, mais consciente.

Mas….. diante muitas transformações havia uma coisa sobre a qual eu não abria mão: “meu docinho”.

Foto de doce
Foto de Pablo Merchan

O bolinho com café,  o brigadeiro depois do almoço, o biscoitinho durante o filme.

Como diz o Eduardo Amuri desconfie desses substantivos que usamos no diminutivo associados ao consumo: vou ali comprar um docinho, só uma blusinha, vou comer só mais um biscoitinho. Parece algo tão pequenino…e inofensivo. E o melhor tão mas tão prazeroso….

E no final do dia, ou do mês consumimos, para além da conta, ultrapassamos o limite. Somos controlados pelos nossos próprios impulsos, infantis. Não conseguimos renunciar ao açúcar e assim damos vida ao nosso ‘viciozinho’ de cada dia.

Mas então, o que essa história toda  tem a ver um modo para alcançar as metas do ano:  Ritmo. Leveza. Alimento. Movimento. Amor. Praia ?

Pois,então. Aí  vem a parte inusitada da história.

 

LIDAR COM DINHEIRO E COM ALIMENTO:

O AQUI E AGORA  COMO SENHOR DA SITUAÇÃO

No ano passado, comecei a investir tempo buscando entender as relações que estabelecia com dinheiro. Usei dos mais diversos recursos, leitura de certos livros, conversa com pessoas-chave, e terapia. E  a mescla desses ingredientes tem dado bons resultados.

Enquanto eu me dedicava a aprender uma  forma muito simples de planejar e monitorar as finanças  ensinada pelo (Eduardo Amuri, que eu recomendo muito) algo extraordinário (para mim, é claro) aconteceu.

Nesse momento eu estava acompanhando o desenrolar de processos com clientes que estavam bem endividados  e outros que desenvolveram uma profunda enrolação com o cartão de crédito.

Comecei a visualizar um padrão geral: uma dificuldade grande das pessoas em poupar e em decorrência disso elas escolhiam o crédito, pela vontade de obter o objeto a ser consumido. Era notável a dificuldade em ultrapassar a fase do impulso de compra.

Biscoitos
Biscoitos

Certo dia, estava eu nas iminências de comer “o meu” biscoitinho. Quando senti algo estranho e muito incômodo do tipo:  mas será que consigo não comer ?   E eu não consegui. Senti realmente a impulsividade se traduzindo na força do presente e o doce, no caso, nesse cenário,  era o senhor da situação.

Você começa a ter noção que algo vicia quando se produz um desejo continuado, necessidade irresistível que gera um ciclo vicioso de dependência física da substância. E sentir aquilo com meu ‘biscoitinho’ não foi agradável.

Percebi que havia um mesmo padrão metabólico e comportamental que permeava o impulso de comer aquele doce e pensei que  provavelmente, isso ocorria também, com alguns clientes: o  impulso pela compra, a vontade irresistível de obter o produto comprado. A escolha pelas compras no crédito.

A vontade e a necessidade de obter o doce, ou a compra, sequestrava qualquer foco ou pensamento ponderado.

E então, horas depois tomei uma decisão.

A DECISÃO RADICAL

Tesoura utilizada por um familiar, um alfaiate da minha linhagem materna.
Tesoura utilizada por um familiar, um alfaiate da minha linhagem materna.

Decidi cortar radicalmente as compras por alimentos  que eu comprava por impulso.

Adivinha quais eram eles ?

Sim, o bolinho, o biscoitinho e o docinho.

Mais biscoitinhos
Mais biscoitinhos

Veja bem, essa decisão aconteceu há 12 dias atrás e veja só  o que ocorreu:

Há 12 dias (ou seja desde o dia 18 de janeiro de 2018)  eu tenho me empenhado em renunciar aquilo que me controlava. Há 12 dias tenho vivenciado uma sensação incrível de leveza, bem estar, mas principalmente bem estar por conseguir reduzir o grau de impaciência aumentando a minha capacidade de espera. Isso traz um senso de maturidade muito especial! Ultrapassar o instinto infantil, a sensação de descontrole.

A capacidade de espera cai significativamente em função da proximidade daquilo que se deseja.

Nesse sentido esse consumo quase que diário do docinho, esse prazer, no fundo , no fundo não estava me fazendo bem, estava me controlando. Isso tem um nome: vício. O foco extremo no ‘usufruir agora para pagar depois’, viver esse dia como se fosse o último, comer só esse docinho hoje pode ser um campo minado, cheio de armadilhas e enganações. Há 12 dias tenho pensado bastante sobre o modo como lidamos com prazer e quais recursos lançamos mão para tamponar nossas dores.

Compartilho agora, um trecho do livro, o valor do amanhã, que suscitou boas discussões a respeito do modo como lidamos com prazer na vida e me trouxe muita clareza sobre alguns processos que vivencio e acompanho:

 

Lâmpada Florida
Lâmpada Florida.

 

“O maximizar agressivo do prazer implica valorizar o presente agarrar e desfrutar o máximo o momento que se oferece ainda que isso possa representar algum custo ou dano mais a frente. Isso faz deles inimigos naturais de qualquer postura contemplativa  que almeje a transcendência do mundo e o encontro com a eternidade. Daí que o prazer seja encarado, em algumas tradições filosóficas e orientais, não como um valor positivo, mas como algo a ser evitado, assim como a dor e o desconforto”. Gianneti, Eduardo

Há muitas formas de encarar os prazeres na vida.

Estou me empenhando em desenvolver a arte de neutralizar o apelo de desejo pelo doce, pelo que é imediato, pelo impulso.

Cortar o padrão pela raiz exige uma mudança literalmente radical.

E AGORA SIM:

O PULO DO GATO DA DESCOBERTA

Veja bem eu não disse que cortei o açúcar. (Que é o que mais escutei dos nutricionistas e do campo da alimentação). O que eu cortei foi um padrão que se manifestava não só no campo da alimentação, mas por vezes aparecia em outros momentos de compras e  até mesmo em outros contextos, sobre os quais, se eu lhe contar você poderá achar que não tem nada a ver.

Mas há uma linha invisível que alinhava esses contextos e comportamentos.

Percebi que o que eu vivenciava não era uma  uma questão de alimentação somente. Há um comportamento, um padrão que envolve a relação com limite, impulsividade e a capacidade de espera.

Então eu cortei aquilo que era mais difícil pra mim. Aquilo que eu não colocava limite, tinha comportamento impulsivo e não conseguia esperar, pra comer noutro dia.

Maciez dos ciclos
Maciez dos ciclos

Tenho acolhido todas as sensações, sonhos, memórias liberadas e pensamentos presentes nesse período. Minha meta com esse experimento é alcançar 30 dias sem docinhos (veja que eu nem  escrevi ‘meu docinho’ pois escolhi renunciar e abrir mão desse padrão. Ele já não me pertence mais.  Mas Ana e depois dos 30 dias como vai ser?

Vamos usar nossa capacidade de espera.

O que posso dizer até agora é que tenho sentido  que ‘as escolhas tem consequências imediatas e remotas. A impaciência pode se tornar o mais cruel e exigente agiota “      (Gianetti, Eduardo).

E por isso resolvi acrescentar uma palavra naquelas palavras que refletem minhas metas para 2018.

Capacidade de espera

O exercício do limite, do ciclos, da contemplação e a capacidade de espera são pontes para que eu possa tecer com equilíbrio, nesse momento, um caminho mais equilibrado e saudável em direção às minhas metas de 2018.

Uma forma para tomar as rédeas da vida em minhas próprias mãos.

Portanto para 2018 são essas as minhas palavras intencionadas.

Capacidade de espera.  Ritmo. Leveza. Alimento. Movimento. Amor. Praia

Assim faço minha passagem para um novo patamar.

Ana Charnizon

 

P.s. Se você busca tecer equilíbrio nas relações consigo, com outro e com o todo e alcançar novos patamares talvez você possa se interessar nessa programação. É uma chance para você dedicar tempo de acolhimento e desenvolvimento à você. Fica o convite.

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